05/12/2015

Trindade: 10 Perguntas Para Quem NÃO Crê

1. Se Jesus era menor do que Deus, como pode também ser “O mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8)?

2. Já que o Senhor não dará a Sua glória a nenhum outro ser (Isaías 42:8; 48:11) como pôde o Senhor Jesus pedir ao Pai: “Glorifica-Me contigo mesmo com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo” (João 17:5). E como pôde Pedro atribuir-lhe glória, que só deveria ser atribuída a Deus (II Pedro 3:8)?

Os Pioneiros Adventistas e a Trindade

Uma das mais intensas discussões teológicas entre os adventistas nos últimos anos está relacionada à Trindade.1 Desde que alguns “descobriram” que os pioneiros da igreja não acreditavam nessa doutrina, muitos questionamentos têm sido levantados. A principal tese dos adventistas que rejeitam a Trindade é que somente após a morte de Ellen G. White, ocorrida em 1915, essa doutrina teria sido introduzida e aceita na denominação. Por isso, segundo eles, a igreja teria se desviado da verdade sustentada pelos pioneiros e se encontra em estado de apostasia.

Desenvolvimento do Pensamento Cristológico na IASD

A divindade e a pré-existência de Cristo foram aspectos doutrinários da Cristologia, que se estabeleceram, progressivamente, no seio da IASD até a primeira metade do século XX.

Os unitarianos. procedentes dos congregacionalistas, se estabeleceram, durante a história americana, na região da Nova Inglaterra (berço do adventismo sabatista) como um movimento anti-calvinista e contrário à ligação Igreja e Estado, por isso são chamados de “Ala Esquerda.” [1]

Segundo o NT, os conversos ao cristianismo devem ser batizados em nome da Trindade ou apenas em nome de Cristo?

Na grande comissão evangélica de Mateus 28:18-20, Cristo ordenou que o Evangelho fosse pregado a “todas as nações”, e que os conversos dessas nações fossem batizados “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (verso 19). No entanto, eventos registrados no livro de Atos falam de conversos que foram batizados “em nome de Jesus Cristo” (At 2:38; 8:16; 10:48; 19:5). Diante disso surge a indagação: Esses batismos “em nome de Jesus” invalidam a ordem de ministrar-se o batismo em nome da Trindade?

A Trindade na Bíblia

“Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas coeternas” – Crença Fundamental nº 2

Gerhard Pfandl
Ph.D., diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral da IASD


A doutrina da Trindade (do latim trinitas = “triunidade” ou “três-em-unidade”) é uma das mais importantes doutrinas da fé cristã. Mas ultimamente alguns têm questionado sua validade. Por exemplo, em uma monografia, Fred Allaback argumenta que “a Igreja Adventista do Sétimo Dia não cria na doutrina da Trindade até muito tempo depois da morte de Ellen G. White”.1 “Os pioneiros adventistas”, escreveu ele, “acreditavam que em um ponto longínquo da eternidade somente um Ser divino existia. Então esse Ser divino teve um Filho.”2 Dessa forma, Cristo teve um começo. Com respeito ao Espírito Santo, Allaback crê que Ele é o Espírito de Deus e de Cristo; não um outro Ser divino.3

Teriam alguns líderes da Igreja adulterado os escritos de Ellen White para advogar a doutrina da Trindade?

Na tradução dos escritos de Ellen G. White para o português, o termo “Godhead” (Divindade) acabou sendo vertido algumas vezes como “Trindade” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 671; Testemunhos Para Ministros, pág. 392; Evangelismo, pág. 617; Cristo Triunfante, 25 de julho, pág. 213; ibidem, 21 de outubro, pág. 301). Também a expressão “the heavenly trio” (o trio celestial) foi traduzida como “a trindade celeste” (Evangelismo, pág. 615). Em espanhol, essas expressões foram vertidas literalmente como “Divindade” e “o trio celestial”. Mas o conceito de uma Divindade composta por três Pessoas distintas (Pai, Filho e Espírito Santo) é claramente expresso nos escritos de Ellen White, e não depende de qualquer tradução interpretativa. Em outras palavras, mesmo que se mantenha uma tradução literal dos termos, o conceito permanece inalterado.

Em Manuscript Releases, vol. 14, págs. 23 e 24, estaria Ellen White sugerindo que Cristo e o Espírito Santo são a mesma pessoa?

No livro Manuscript Releases, vol. 14, págs. 23 e 24, aparece a seguinte declaração de Ellen G. White: “Limitado pela humanidade, Cristo não podia estar pessoalmente em toda parte; portanto, era para benefício deles que Ele os deixasse, fosse para o Seu Pai, e enviasse o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na Terra. O Espírito Santo é Ele próprio despojado da personalidade humana e independente dela. Ele representaria a Si mesmo como presente em todos os lugares pelo Seu Espírito Santo, como o Onipresente. ‘Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome, esse (embora invisível para vós) vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito’ [João 14:26]. ‘Mas Eu vos digo a verdade: convém-vos que Eu vá, porque, se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-lo enviarei’ [João 16:7].”

O selo de Deus é o sábado ou o Espírito Santo?

Algumas pessoas têm dificuldade de harmonizar a função do Espírito Santo e o papel do sábado no selamento final do povo remanescente de Deus. Não resta dúvida de que a habitação do Espírito Santo na vida do crente é a maior evidência de que este se encontra em estado de salvação (ver Rom. 8:1-17; Gál. 5:16-26). Por esse motivo, o apóstolo Paulo se referiu ao Espírito Santo como “penhor” (II Cor. 1:21 e 22) e “selo” (Efés. 1:13; 4:30) da salvação. Ellen G. White acrescenta que “a todos os que aceitam a Cristo como um Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha”. – Atos dos Apóstolos, pág. 49.

É o Espírito Santo um mero poder despersonalizado ou uma pessoa real?

Algumas pessoas têm grande dificuldade para entender o que a Bíblia diz a respeito da natureza do Espírito Santo. Isso se deve, em grande parte, ao fato de enfatizarem determinadas características deste Ser divino em detrimento de outras, e de não conseguirem conciliar os atributos da personalidade e da onipresença em um só Ser. Para elas, se o Espírito Santo é uma Pessoa, então Ele não pode estar em toda parte ao mesmo tempo; e, por outro lado, se Ele é onipresente, então não pode ser uma Pessoa. Baseados nessa pressuposição, chegam mesmo a crer que Deus Pai e Deus Filho, sendo Seres pessoais, só conseguem ser onipresentes através do Espírito Santo, que, por sua vez, não pode ser mais do que um mero poder despersonalizado.

Jesus e o Espírito Santo: São Eles uma única Pessoa, atuando de formas diferentes?

Em nossa época de pluralidade de crenças e completa liberdade de expressão, têm se tornado cada vez mais comuns os ataques às doutrinas cristãs, conforme explicitadas nas Escrituras e tradicionalmente compreendidas pelos teólogos e fiéis. Essa situação adquire contornos de crise uma vez que a postura pós-moderna parece exigir certa passividade diante das diferenças, ao mesmo tempo em que o bombardeio dos meios de comunicação contra as Escrituras se torna mais e mais inclemente. Se levantamos a voz para denunciar os equívocos de tais posturas excessivamente permissivas, somos chamados de intolerantes. Por outro lado, se nos calamos, somos rotulados como pessoas incultas, destituídas de argumentação e credibilidade, indignas de atenção, escravas da fé cega.